domingo, 10 de abril de 2011

4º Sarau da ELAM

INSCRIÇÕES ABERTAS PARA 
O 4º SARAU DA ELAM.

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Ensaio: Tragédia no Rio.



            O que levou um rapaz de 24 anos a atirar em crianças dentro de uma escola, com intuito de matar e depois se suicidar?

            Essa seja, talvez, a pergunta internacional de todos e todas que acompanham a tragédia no Rio de Janeiro, que não é o primeiro nem o último atentado no Brasil e no Mundo.
           
            Ouço dizer que a responsabilidade é da Educação e da Escola, da Saúde e do SUS, da Segurança e da Arma, do Paes, da Dilma e do Cabral, só não ouço falar que a culpa é do capital.

Que capital?                                                 

            Esse é o melhor momento para que extremistas e antipáticos do governo afiar seu discurso frente a uma comoção nacional para atacarem pessoas e entidades do governo, partidos e ideologias.
           
            Porém não é isso que vou sugerir, pois para revolução/transformação isso não faz nem o papel de combater as práticas que sustentam esse tipo de atentando, pelo contrario, fortalece o discurso conservador de dizer que os comunistas são isso: extremistas, radicais (e o pior que eles não são) só teoria nada na prática, que se escondem atrás do discurso...

            Quando Marx diz: “Ser radical é agarrar as coisas pela raiz, e a raiz para o homem é o próprio homem”.
            Fica claro que existem dois meios para se analisar a tragédia no rio, uma é buscar pessoas ou instituições que são geridas por pessoas para concentrar sua crítica, e assim de alguma maneira afetar tais homens para que esses nunca mais participem do poder público ou fiquem a frente de qualquer instituição pública.
            Por quê?  Uns para demarcarem seu movimento extremista, outros porque são oposição ao governo, outros seguem na inocência de uma das duas opções acima ou são oportunistas mesmo.
            Pra que?  No final o drama que fica é que não existe solução, que alguns foram demitidos e outros admitidos, que as coisas são assim mesmo, acontecem em todo lugar, alguns saem com gosto de vitória mesmo nessa dentro da derrota nacional, e tudo continua e caminha até a próxima caso que abale o país.

O Capital.

            A classe, o desemprego e o dinheiro. Três itens que sustentam minha tese de que a culpa (se existe uma culpa) deve ser toda concentra no modelo econômico que está na Rússia, nos EUA, na Finlândia e Brasil, paises esses que tiveram tragédias muito similares de morte seguida de suicídio dentro de uma escola. A escola como meio social, principalmente de quem não quer está lá, pois de alguma maneira sente oprimido naquele espaço ou sente uma contradição com saber que é transmitido ali com a sua vida fora da escola.
            O Capitalismo nos seus moldes Neoliberais do séc.XXI controla a informação ou no caso do Rio, que não há como esconder (porque se houvesse teriam feito, lembrando que temos as Olimpíadas - RIO 2016), direcionam a discussão para o buraco negro, ou seja, sem propósito de criticar as questões que estão na raiz, tirar um secretario ou demitir pessoas, apenas tira do pé uma folha, e não derruba a arvore, arvore essa que toda sua base (terra) é nutrida pelo $$ da elite e daqueles que afiam seu discurso para defender essa informação que nos passam, tanto por inocência, tanto pelo interesse pessoal de cada.
            Para derrubar esse pé de $$ não basta discursar, nem fazer manifestações que tem como seu principio tirar pessoas, mas sim apontar pra raiz e nela jogar seu veneno, a raiz da Tragédia do RIO, é o desemprego que desmoraliza, envergonha o sujeito, pois sem trabalho não tem dinheiro e sem dinheiro seu valores, seu caráter perde validade frente a sociedade, ao estado e ao capital que vê você apenas como força de trabalho, menosprezado, excluído e oprimido pela família, amigos e demais chega-se ao estagio do tanto faz, não tenho nada a perder, até chegar a encontrar uma justificativa para usa desgraça é matar e se matar porque a pena pela suas mortes só ia piorar sua vida mundana.

            Podem me dizer que isso acontece na melhores famílias, em todos os lugares e todo canto do mundo, pode me dizer que isso independe de classe, trabalhador ou patrão, de quem vende a mão ou de quem detém os meios de produção, isso é normal...
            Lamentavelmente no fim de tudo isso é que fica para muitos, não só pela alienação da televisão, não pela deturpação da informação, mas porque não temos consciência de classe, consciência essa que não parte de um único individuo e sim de um coletivo que se identifique pela sua posição de trabalho, somos todos proletários.
Somos, porque quem não é não se mistura, pois a burguesia sabe bem da sua posição sabe do seu poder, e não cabe a eles mudar porque pra eles está bom assim, se mudar mude as pessoas do seu cargo, pague indenização por ta na Lei tal tal tal que deve pagar para as vitimas o valor $$$$$....

A Burguesia resolve assim, mas os Comunistas devem ignorar essa perspectiva e apontar outros caminhos de observar casos como esses, porque defendemos uma classe e essa classe é a que esta desempregada, oprimida no seu trabalho, sobrevivendo do pouco $$, porque sem ele a vida é dura e ninguém quer viver na rua, ninguém que se matar e ser explorado e desmoralizado nessa sociedade.
Temos um medo crônico de se rebelar por que sabemos que sozinhos uma andorinha não faz verão, e por isso que os partidos, ligas, frentes que levantam a bandeira comunista deve cumprir esse papel de dar respaldo a classe trabalhadora que quer mudança, e esses que devemos unificar, não disputar espaço na mídia ou fazer o mais do mesmo nas ruas, vamos primeiro unificar a classe depois derrubar quando muito forte e unidos o Capitalismo Neo-Liberal.