domingo, 31 de maio de 2009

Maturidade

Leandro Custódio

Enquanto estudo,
Mais me lembro da infância.
E vou e me iludo,
E na garganta guardo uma ânsia.

A brisa esconde a ignorância.
Tampa a boca, - é mudo -
E reflete a dialética do mundo,
E pela humanidade sente repugnância.

Senta, pensa e cala.
Na postura de sábio.
-Silêncio de manhã na sala-

E logo conhece a verdade.
- Ele abriu a porta, e eu? Saiu
Com apenas vinte anos de idade.

sábado, 30 de maio de 2009

36 chamadas perdidas.

36 chamadas perdidas.
Leandro Custódio

A minha tristeza é tanta,
Que pensei em virar budista
Ou entrar para o exército.

Quantas dores palpitaram
Na minha humilde porta.
E quando a senti, vi que a
Minha alma não estava morta.

A consciência dormia na razão.
Os olhos do mundo me olhavam
O que ela esperava de mim? Não sei...

Abri, abriram-se as janelas e as minhas
Lágrimas entraram para nunca mais sai.
- A virtude está em nosso sofrimento -

Não, não sou egoísta, minha flor,
Meu bebê gordo, de olhos negros.
Seu sofrimento é minha compaixão.
Por um segundo senti me cristão.
Ao perceber que te fiz chorar.

E hoje, com seu sorriso
De ontem, me fiz parar.
E procurar você pela manhã
Nessa luta que não será vã.
Para construir este sonho.

O pranto, dos meus olhos estavam lá
Lembrei do dia das 36 chamadas perdidas.
Lá, fui ao velório de Américo, lá,
Fui a todos os postos de saúde, lá,
Fui em sua casa, vi seu quintal.
Lá, fui até no pátio do hospital.

Uma vida para nos, já não basta
Um beijo, um abraço, sim e não.
Não basta, não basta!

Um último suspiro.
Um cheiro de fios de cabelos.
Um olhar como antes.

Ah, meu amor não passa.
Ah, não quero mais sofrer.
Ah, quanto tempo vou esperar?
Uma noite, um dia, uma semana...
Para pode finalmente te amar!

Lembro, lembro daquele dia.
Você só trabalhava de dia.
E sua mãe escondeu o telefone.
E eu liguei, e jurei, que
Sempre Ficarei com você!

Vou te esperar... Até quando?
Até quando eu te amar.
Até quando... Você me esperar.

Nunca te contei...
Quero ainda te falar,
Antes que você vá para o mar
Da mentira e da ilusão.
Pois a nossa paixão
Nunca vai acabar!

A mais bela aliança do mundo,
Não é de cristal nem de ouro puro,
A mais bela aliança do mundo,
Não é matéria,
Não é física.
A mais bela aliança...
É a minha vida
Por toda sua vida.
É o meu amor
Mesmo sem seu amor.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Resistindo, contra o absurdo.

SMS: Eu ainda te amo.

Leandro Custódio

I
Foram tantas noites,
Que absurdo é isso.
Você não me olha,
E, eu? Nem ligo!

Que absurdo é isso.
Você lembra, eu choro
Eu choro, e você lembra.
Que absurdo é isso?

A minha lembrança é tão imensa.
Que o dia de hoje é uma doença,
E o passado é a minha única saúde.

Lembro, minha lembrança é sua,
Meu passado é um estrangeiro,
Dentro da alma desse brasileiro.

Foram tantas tarde claras.
Tantas noites escuras
Que absurdo é isso?
Minha flor, minha formosura.

Que absurdo é isso?
Andávamos juntos pela estrada
Noite, tarde, manha e madrugada
Que absurdo é isso?

Será esse o seu futuro?
O pai de suas crianças?
O homem da sua vida?

Não? Não namorei mais,
Case comigo, viva comigo
Na cama, na rua, na vida
Sincera, na luta divina.

Quantas Guerras travamos?
Nem vivemos um ano,
E já falamos - séculos passados.



II

Era só por uma noite,
De no máximo 3 horas.
Arriscamos nossa moral,
Nossa conduta ética catedral!

Não nos beijamos no mundo,
Desviávamos nosso fulcro.
Mas na nossa representação
Criamos vários planetas.

Aonde namorávamos sem culpa,
Depois de tanta e tantas lutas,
Podíamos deitar sossegados.

A hora da partida era tão intensa ...
Dizer -Te Amo- era quase mentira,
Por que a felicidade, imagina,
Era a maior de nossas amigas.

As palavras eram tão poucas,
Que os sentidos eram a máxima.
A química , a física , o nada.
Tudo, meu amor, e quase nada.

Juntos, sempre, então..
Quem nos conhecia?
Só eu e você vivia,
Um amor de Platão.

III

" A minha mágoa de hoje é tão intensa
Que penso que alegria é uma doença
E a tristeza a minha única saúde." (A. Anjos)

Caiu, minha cara caia entre o chão.
Acordo de um sonho pesadelo,
E vejo o retrato e fotos pelo chão,
Eu, você e meu pequeno irmão.

Quantas batalhas, vida,
Que Guerra vencemos?
- Só foi mais uma batalha -

Será que esperarei mais 2 anos e meio,
Para tocar e sentir seu corpo e seu cabelo?
Já passaram aqueles três meses em diante
E ainda você insiste e vai resistindo adiante.

Tudo me remete ao nosso passado.
Os 2 professore do cursinhos
Suas amigas e meu amigos
Nossas fotos, nossas brincadeiras.

Tudo que é ambiente e me rodeia
Me leva a memórias felizes passadas
Tudo que é ambiente e me rodeia
Me leva a memórias felizes e passadas

Sabe aquele meu amigo que você ficou?
Eu não me importo mais com a mágoa
Com tempo essa ferida vai aos poucos sarar
Agora pensemos como iremos recomeçar.

Seus pais nunca me aceitarão,
Mais isso,nunca nos atrapalhou,
Eu trabalho, me esforço
Para o dia que se surpreenderão.

... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
- Era esse aquele menino?
Podia ter nos contado antes!

IV

Eu sonhava com esse dia
Vivi toda a minha vida
Para esse cabuloso encontro

E hoje que eu não os conheço
E seu amor não está mais comigo
E depois “daquilo” resgatei o equilíbrio
Desculpe aquelas mentiras, eram necessárias

Pois se não fosse aquilo teria tudo terminado
E hoje eu não teria essa esperança
Já estou estável e você amadureceu

Estava certo, estou rico, rico de vida
Aquela pobreza minha flor
Já não existe mais, só seu agora
Como sempre fui antes

Esse ambiente, que absurdo
Me mudou, mas não me enganou
Vive sempre na realidade
Me moldando todo a você

Pena que a vida é essa tragédia
Quanto mais luto e resisto
Mais minha chaga aumenta

Você não poderia ter esperado tanto
Compreendo, também tenho carência
Me apaixonei, transei, sem essência.

Minha alma é sua, que doce nosso maracujá
Já abandonei aquele manta velha
Já limpei todo o chã de casa
Pode vim, sinta-se em casa.

V

Não sou o mesmo, nem você
O caráter não muda -
Aboli as maninas e os defeitos.

Nunca deixei de guardar no meu peito
O amor imenso de um brasileiro.
Por toda suas pétalas na minha cama
Todo seu suor e meus lençóis.

Se o ano inteiro acabar e você nunca mais
Me olhar, digo meu anjo, meu bebê
Desculpe por tudo, foi essa a verdade
Te prejudiquei, comigo seria pior.

Estava esfolado todo torto.
Sem casa sem norte
Sem a paciência que sempre tinha
Você se esforçava para ser minha amiga
Mas eu sempre te tratava mal

Assim nunca te abandonei
Confesso, quando soube
Tentei de esquecer e me apaixonei

Mas meu amor sempre foi seu.
Isso é só por uma existência
Um amor por vida
Um morte boa por sorte
Uma velhice calma

Quanto tempo ainda vou te esperar
Para poder assim enfim te olhar
E você e eu todos os dia se abraçar
Tomar chuva e banho juntos.

Porque amor, o amor agora
É como mar em véspera de enchente
Se não secar transborda.

Como é tão fria essa minha vida hoje
Sem você, não amarei mais ninguém
Nem amanha, nem após a morte!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

POEMAS MORTOS - Sementes de Maracujá

Leandro Custódio

Sua poupa é amarga e azeda
Mas tem prazer de felicidade
Sua semente sigular
Seu sabor único.

Misturado com mel ...
Com chocolate derrtido ...
Petalas de rosas sobre a cama ...
Perfume

POEMA MORTO - Soneto à Flor de Maracujá.

Leandro Custódio

Quanto vale um ano de amor?
Quanto vale o meu bem estar?
A qual preço você me rotulo ?
Imagina! O valor a que te dou!

Cinco horas da manhã!
Cinco Km de caminhada!
Cinco minutos de encontro!
Cinco dias, sem dizer nada!

Eu Te Amo! Eu Te Amo!
O amor egoista, tal qual,
você me amas, - não ama-

Eu não amo, Te Amo! Te Amo!
Já amei tanto, não amo mais!
Fui muito, mas pode ser mais?

sábado, 2 de maio de 2009

A vida Dionisíaca do gozo.

"Escrevo poesias, mas não sou poeta, sou um idiota grego"
Leandro Custódio

I

Rompo agora a minha vida.
Dato o dia de hoje e o de amanhã,
Como a vontade de viver, e de gozar da vida.

Parece-me necessário a antiga razão,
E o mortificador pessimismo – sofria –
Em quem minha alma se banhava.

Hoje sou um novo homem. – cão –
Não guardo remoço ou mágoa.
O ser é tudo! A amizade, o amor
E o quase nada, transcende a transcendência.

A potência térrea de bem-viver
Toca o sentido natural - animal -
A que todo homem um dia corre-o.
– O eterno retorno, a vontade de potência –


II

Os pelos da narina
Filtram o mormaço
E selecionam o cheiro.

Entre o macho e as fêmeas
Existe um elo, um ego
Vontade, essência de sexo.

O nariz, o perfume, um...
– O ambiente se perfuma –
Entram mulheres cruas, e
Entre as mulheres, ando!

Oh! Nádegas e seios fartos.
O homem é um eterno
Cão de rua, – fareja –
Sempre atrás de um rabo.