segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Estética irrefletida

Na batalha final do último pesadelo,
Um rapaz dormia em frente ao espelho.
E seu Reflexo, que ontem ele observava,
Estava morto, e lá, já não mais estava.

Sete dias. Acordou então nesta hora.
Perguntando: O que faço nesta cova?
E arrancando pétala por pétala,
Aos poucos sua alma se levantava
E sua carne rapidamente apodrecia.

Então um anjo concedeu-lhe
Um desejo: Voltar à casa do espelho,
Que a pouco, não mais o refletia.
Para saber toda a verdade.
- É o Pesadelo refletindo a realidade -

Na casa agora abandonada
Pensou: Estou vivo?
Onde está minha imagem?
Onde está meu brilho?

E o moço nessa melancolia,
Percebeu que sua vida,
Havia sido apenas uma vida,
E seu corpo... Um mero corpo.

Sendo assim sua queixa derradeira
Em frente ao maldito espelho
Que todas as manhãs lhe mostrava:
Tão alegre. Tão belo. E forte!

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