sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Cena 2: conTRA - DIÇÃO



6. “Tudo que é sólido desmancha no ar”, disseram Marx e Engels no
Manifesto do Partido Comunista. Entre história e poesia derreto o gelo do
não lírico, trazendo o nacionalismo sem ufanismo, o internacionalismo
patriótico.

7. O Neo-Barroco é uma ruptura na dialética atual. Tem o intuito de
derrubar o muro do Concreto através de traços nitidamente barrocos
(gongôricos e conceptistas), representando numa viagem passadista o
Brasil de quatro séculos atrás.


8. O Neo-Barroco é só um momento, uma artilharia em versos
contra o fatalismo moderno, numa perspectiva para o fim dele. Vamos
colocar um ponto final no Modernismo!

9. O Neo-Barroco, como Neo não é Barroco. Trago no bojo o
ceticismo político contemporâneo do mundo, o relativismo pós-moderno,
os versos livres e a métrica inacabada atual, numa mistura estética do
Modernismo com o Barroco.

10. O Pós-Nada é composto por aqueles que estiveram na fresta, no
vácuo, no miolo da dialética da literatura sendo contemporâneos, mas
escrevendo no período em que sua escola se rompia, ditando o que estaria
por vir.

11. O Pós-Nada é um tudo infinito que ontem e amanhã existirá.
Pré-Modernismo, Pré-Simbolismo, Pré-Romântico, Pré alguma coisa, todos
eles forAM Pós-Nada.

12. Diferente do Pós-Tudo que reconstrói o Concreto, o Pós-Nada
não perpetua o vício dos concretistas, e sim finaliza tudo que dá sinais de
falência e cansaço. Numa mutação dos valores, das virtudes modernas,
como também do Pré, do Pós e do Neo, do passado e do contemporâneo,
do hoje que será o ontem do amanhã. Como a velha escada de
Wittgenstein: quando chegamos ao seu topo, nos desfazemos dela.


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