quinta-feira, 9 de abril de 2009

POESIA - Educação como vontade e revolução.

Leandro Custódio


Os revolucionários querem esclarecer,
A quem sempre se esclareceu.

A mudança ocorrerá,
Por um meio, que nunca ocorreu.

Pode ser o socialismo,
Ou até mesmo, o direto comunismo.

Conhecemos no mundo diversos caminhos.
E até mesmo as correntes do anarquismo.

Utopias, quimeras e sonhos
Buracos, crateras e morros.

Tudo demorará muito tempo
Tempo que tudo desmoronará.

Ah! Qualquer que seja a barba branca,
Marx, Bakunin, a revolução acontecerá pela criança.

Digo algo desvinculado de religião e moralismo,
Que seja algo novo, só não seja o protestantismo.

No Brasil será devastado esse hibridismo,
A mistura sufocante do cristianismo com o capitalismo.

São os ventos alísios dos cristãos
Que Nietzsche sempre dizia,
É a revolução na educação!
De forma que a esquerda não esperaria.

Mas somente conversando com as crianças,
Sendo paciente como professor,
Não doutrinando, seremos educador.

Desculpe Schopenhauer.
Não educaremos com amor,
Nem viveremos com a dor.

Emanciparemos estes seres
Que já tiveram a infância destruída,
Conhecerão a liberdade,
Que o sistema corrompia.

Que o Brasil provocou,
Que o jesuíta incentivou.
O futuro não dormirá mais na rua,
E a verdade será dita, nua e crua.

Lá em Salvador,
Não conheci a paixão
Vi o negro, vi a dor,
Vi a igreja linda do cristão.
E o cego egoísmo da compaixão.

Nada soluciona ou tapa
O buraco negro, brasileiro,
Isto acalenta só por alguns segundos
Tal misericórdia de esmola,
E a dó que um dia foi bater a tua porta,
Vai bater no peito preto da preta morta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário