O Augusto e a sua Obra

Nesta seção: PARA ñ esquecer dos ANJOS  irei apresentar ao público deste Blog poemas da vida e obra do poeta do escarro (assim q gosto de lhe chamar) Augusto dos Anjos.

Numa ordem aleatória falarei de estética, poesia, vida e morte de um dos poucos poetas da transição entre o que foi o Modernismo e o Pré Modernismo.

Augusto deixou em seu legado apenas uma obra o EU, que mais tarde com conseqüentes edições se tornou Eu e outras poesias. 


Bom não querendo acelerar nada, pois é apenas o começo de um trabalho de "revisão" de que estou comprometido a fazer, começarei com um dos poemas mais intrigantes para mim, aquele que quando declamado causa perturbação.

Sem adiantar nada espero os comentários no Blog. Juntos "estrangularemos" o poema.

Eterna mágoa

 

O homem por sobre quem caiu a praga

Da tristeza do Mundo, o homem que é triste

Para todos os séculos existe

E nunca mais o seu pesar se apaga!

 

 

Não crê em nada, pois, nada há que traga

Consolo à Mágoa, a que só ele assiste.

Quer resistir, e quanto mais resiste

Mais se lhe aumenta e se lhe afunda a chaga.

 

 

Sabe que sofre, mas o que não sabe

E que essa mágoa infinda assim não cabe

Na sua vida, é que essa mágoa infinda

 

 

Transpõe a vida do seu corpo inerme;

E quando esse homem se transforma em verme

É essa mágoa que o acompanha ainda!

Declamação: