terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Manifesto do Pós-Nada: Neo-Barroco


Cena 1: ConcrETIsmo COncreto


1. O Modernismo mostra sinais de transformação. Assim como o
sistema capitalista, ele tem sua ascensão em um período de crise e procura
sobreviver através da reciclagem e da troca de pele.


2. Assim como o sistema industrial, o Modernismo cresceu e se
espalhou, ganhando formas novas e diversas. Ele se divide entre correntes
que tentam engrandece-lo ou rompe-lo, neste caso, fortalecendo sua
estética.


3. O movimento concretista foi o primeiro sinal de decadência e de
transformação da poesia dentro do modernismo. A ruptura causada pelo
movimento foi tamanha que há quem ouse chamá-lo de Revolução. Seria o
fim dos versos? Do lirismo? Do épico?


4. O momento fast-food da arte (traço marcante da Modernidade,
império do audiovisual) vivificado através da propaganda, do marketing, do
cinema, televisão e internet; desdobra-se na poesia atual do neoconcretismo.
Depois de tudo isto, não espere mais tempo e espaço para
outro Camões.


5. Com as sucessivas crises globais, de maneira ingênua ou não,
alguma coisa deve mudar. O pensamento “fast-foodiano”, a arte de massa
alienada e acomodada no status quo, esse fatalismo comodista do
moderno, essa qualquer coisa para qualquer um, essa propaganda
enganosa, esse atentado ao poeta e a poesia... Salvem a poesia!

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